Resultado da ferramenta relatos de meteoros 2017 – parte 2
No artigo anterior observamos a participação internacional na ferramenta de relatos de meteoros, os avanços e resultados expressivos após a parceria com a International Meteor Organization que resultaram em recordes de relatos por eventos no ano de 2017.
Neste segundo artigo iremos destacar os eventos nacionais no ano de 2017.
Antes de mais nada alertamos para uma condição muito específica no clima no ano de 2017; a incidência de nuvens e chuvas predominaram nas regiões litorâneas e principais cidades Brasileiras.
Isso afeta diretamente os amantes de astronomia e em especial nossas estações que tiveram uma janela de capturas muito inferior no ano de 2017.
Embora a expectativa no uso da ferramenta tenha sido superada; os grandes eventos de bólidos quando ocorreram não contou com fatores decisivos como locais, hora e clima. O resultado disso é que não houve eventos de meteoros com mais de 50 relatos.
Iniciando o resumo dos principais eventos temos o primeiro evento (1216) no dia 26 de Março de 2017 na Bahia.
Esse evento teve como característica a produção de sonic boom; que é um dos indicadores para possíveis meteoritos na região. Até o presente momento não há indícios de qualquer material recuperado, embora a mídia e alguns grupos independentes de pesquisas tenham se empenhado nos locais na tentativa de encontrar meteoritos.
O relatório completo finalizado pela Exoss sobre esse evento pode ser consultado aqui.
O segundo evento (1561) ocorreu no dia 27 de Abril de 2017 nos estados do Mato Grosso e Pará.
A dinâmica desse evento ora relatado por testemunhas se assemelhou muito com um evento ocorrido em 2015 e que também contou com participação da Exoss. Um belo bólido cor esverdeada com cauda em tons quentes fizeram diversas pessoas da região ficarem assustadas.
As chances de recuperação de material remanescente para esse evento são praticamente remotas dado a dinâmica do mesmo e localização geográfica.
O relatório completo desse evento pode ser consultado aqui.
O terceiro evento (2227) ocorreu no dia 9 de Julho de 2017 nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Um longo meteoro cruzou o céu de São José dos Campos em direção à zona oeste de São Paulo.
Registrado pela estação UVP1 sediada na Universidade Vale do Paraíba e estação HAL1 sediada em São Paulo.
Finalizando o ano de 2017 temos o quarto evento (4268) e este cabe uma atenção especial.
Tal evento não foi um evento real de meteoro ou bólido; mas o comumente chamado “falso meteoro”; um evento causado por diversos fatores que faz uma pessoa que não tem o hábito da pratica da astronomia confundir com meteoro.
Causado por um rastro de condensação o evento em questão chamou muito a atenção da mídia que entrou em contato com a Exoss para elucidar dúvidas.
Algo que chamou a atenção foi a quantidade de mídias (fotos e vídeos) recebido pela ferramenta, ao todo foram 9 vídeos e 31 fotos encaminhadas para a Exoss.
Devido a repercussão nas mídias e sites, o evento permaneceu disponível ao público e a participação das pessoas com envio de material coletado mostrou a interação que essa ferramenta pode oferecer.
Este evento em questão forneceu informações importantes que no futuro será abordado pela American Meteor Society já que o fenômeno em si é muito comum e diariamente chegam relatos mundiais relativos a “falsos meteoros”.
A Exoss elaborou um relatório completo sobre esse evento pode ser consultado aqui.
Em breve publicaremos as ações efetivas no âmbito de aprimoramento e divulgação em torno da ferramenta no ano de 2017.
Edição: Eduardo Santiago
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