Perspectiva da câmera do Sr. Sérgio com a trajetória do evento Pirassununga em primeiro plano e o evento Uberaba em segundo plano na imagem (trajetória) escurecida.

Bola de fogo em Pirassununga e região

Relatório da bola de fogo registrada em Pirassununga e região com dados consolidados da ferramenta Report Fireball – Relate um Bólido

No dia 24 de Maio de 2018 às 21:41 um meteoro foi registrado por várias cidades do interior de São Paulo e divulgado pela Exoss (detalhes aqui).

A partir deste momento a Exoss iniciou a divulgação massiva da ferramenta de relatos de meteoros para captação dos dados uma vez que apenas uma câmera da rede situada no Observatório Municipal de Campinas registrou o fenômeno indiretamente devido seu brilho no céu.

Área de cobertura câmera OMC1 do Observatório Municipal Jean Nicolini em Campinas

O Astrônomo associado a Exoss Julio Lobo divulgou o vídeo nas redes sociais convidando as testemunhas do evento a relatarem através da ferramenta de relatos de meteoros gerida pela Exoss na América do Sul.

Sérgio Luis morador de campinas divulgou novamente o registro publicamente para acesso.

Câmera de segurança morador Sérgio Luis – Campinas/SP

A ferramenta relatos de meteoros até o momento do fechamento dessa matéria 29/05 recebeu 20 relatos incluindo a data de hoje. Mesmo 5 dias após a ocorrência do evento a ferramenta fornece um meio adequado para coleta de dados conforme sua divulgação é disseminada.

Através destes relatos podemos estimar algumas informações relevantes para compreensão do fenômeno.

Página Report Fireball (Relate um Bólido) com o recente evento no Brasil
Evento 1857 com informações preliminares fornecidos pelas testemunhas em destaque
Área de relatos de testemunhas nas primeiras 24 horas
Trajetória bidimensional do meteoro e região dos relatos
Trajetória tridimensional do meteoro e região dos relatos

Para análise do evento utilizamos a solução de dados produzidos pela ferramenta através do agrupamento de relatos das primeiras 24 horas, essa solução tem se mostrado a mais eficiente perante os eventos pois com o passar do tempo os detalhes vão se dissipando da lembrança que a testemunha tem.

Trajetórias diferenciadas através do passar das horas, em vermelho a trajetória adotada nas primeiras 24 horas e a amarela no período de 5 dias após o evento

A trajetória final com base em relatos de testemunhas é de 45km de altitude; porém pelo fato do evento ter produzido sonic boom nos faz perceber que sua altitude final se deu mais próximo ao solo.

Sobreposição de 5 frames da câmera de segurança de Sérgio Luis possibilitou traçar sua trajetória parcial.
Região com relatos de estrondos e tremores

Uma das dúvidas levantadas pela imprensa é o fato da câmera do Sr. Sérgio ter registrado “dois meteoros no mesmo lugar”. Acontece que isso é apenas uma questão de perspectiva, ambos os eventos, Pirassununga e Uberaba (Veja histórico aqui) não possuem nenhuma característica para equiparação, foi apenas uma coincidência de uma mesma câmera não dedicada ao monitoramento e estudo de meteoros ter registrado tais fenômenos em tão curto espaço de tempo.

Perspectiva da câmera do Sr. Sérgio com a trajetória do evento Pirassununga em primeiro plano e o evento Uberaba em segundo plano na imagem (trajetória) escurecida.
Distância entre eventos é de aproximadamente 220km

A união da sorte e cooperação de testemunhas permitiu registros únicos de dois belíssimos eventos gentilmente cedidos a Exoss por diversas testemunhas. Tais dados permitiu elaborar estimativas de projeções em dois eventos registrados pela mesma testemunha em vídeo e com participação total de mais de cem testemunhas.

Ambos os eventos registrados pela câmera de Campinas bem como detalhes dos relatos pessoais das testemunhas podem ser consultados nos seguintes links:

Há uma mínima possibilidade de que material remanescente tenha sobrevivido ao processo de queima na atmosfera. Porém apenas se baseando nos relatos das testemunhas as prováveis regiões de queda estariam próximas as cidades de Rincão e Santa Lúcia. Mas ressaltamos que é uma possibilidade muito remota, e os dados são baseados em relatos. A região de mata também é um fator complicador para recuperação de materiais.

Dados CCTV: Sérgio Luis
Coleta de dados de testemunhas e divulgação: Equipe Exoss
Edição e uso dos dados Report Fireball: Eduardo P. Santiago

Comentários

Comentários

Powered by Facebook Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *