Reentrada de satélite Starlink ilumina os céus de MS e SP
Na noite de 21 de junho de 2025, moradores do Mato Grosso do Sul e de São Paulo foram surpreendidos com a reentrada atmosférica do satélite Starlink-31150, da SpaceX. O evento, previsto para ocorrer em uma janela de tempo entre 23:40 UTC do dia 20 e 01:40 UTC do dia 21 (20:40 a 22:40 no horário de Brasília), foi registrado por observadores, incluindo Ernani S., que relatou o avistamento às 20:45 (horário local) sobre a capital paulista.
As informações de rastreamento fornecidas pelo site Satflare (www.satflare.com) indicaram que o objeto, identificado pelo código NORAD 58730, estava em trajetória de decaimento orbital, culminando em sua desintegração na atmosfera terrestre.
O Starlink-31150, parte da constelação de satélites da SpaceX voltada para fornecer internet de alta velocidade em escala global, foi lançado em órbita terrestre baixa (LEO). Como outros satélites da rede, ele possui uma estrutura leve, com aproximadamente 260 kg, composta por uma armação metálica, painéis solares e propulsores iônicos. Após o término de sua vida útil, o satélite foi manobrado para reentrar na atmosfera, uma prática comum para evitar a acumulação de detritos espaciais. Durante a reentrada, o atrito com a atmosfera gerou um intenso brilho, formando uma bola de fogo acompanhada de rastros luminosos que cruzaram o céu, visíveis em diversas cidades brasileiras.
A participação do público por meio da ferramenta exoss.imo.net é fundamental para eventos como este. Relatos detalhados de observadores, como o de Ernani S. em São Paulo, ajudam a mapear a visibilidade do fenômeno em diferentes regiões, fornecendo informações valiosas sobre a hora exata, a direção e a aparência do objeto. Esses registros, combinados com dados de estações automáticas, permitem que cientistas e astrônomos reconstruam a trajetória do satélite e refinem modelos de previsão para reentradas futuras. Além disso, a colaboração cidadã fortalece a conscientização sobre a presença de detritos espaciais e o impacto de megaconstelações, como a Starlink, que já conta com mais de 7.600 satélites em órbita até maio de 2025.
A Exoss, apoiada pela American Meteor Society-AMS e pela International Meteor Organization-IMO, incentiva que o público continue contribuindo com relatos em sua plataforma online. Cada avistamento registrado, seja por vídeo, foto ou descrição, é uma peça crucial para entender melhor os fenômenos celestes e monitorar o crescente tráfego orbital. Para eventos futuros, a ferramenta exoss.imo.net ou bolido.exoss.org permanecerá como um canal vital para conectar cidadãos e cientistas, promovendo a ciência cidadã e o avanço do conhecimento sobre o espaço.
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