Brasileiros participam de descoberta de impacto mundial: planeta anão com anel
Nesta quarta-feira 11 de outubro de 2017, uma equipe internacional de astrônomos anunciaram uma descoberta sobre pequenos corpos do Sistema Solar Exterior. O estudo terá impacto mundial nas pesquisas sobre a formação do Sistema Solar. Eles descobriram uma nova propriedade em corpos celestes e questões sobre a evolução dos objetos no Sistema Solar, “fazendo do corpo em questão um dos mais surpreendentes e enigmáticos”.
A publicação na Nature apresenta a descoberta: O tamanho, a forma, a densidade e o anel do planeta anão Haumea de uma ocultação estelar. Haumea – um dos quatro planetas anãos trans-Netunianos conhecidos – é um corpo muito alongado e de rotação rápida.
Trata-se da descoberta de um planeta anão que possui um anel. As observações do planeta anão distante Haumea limitam seu tamanho, forma e densidade, e revelam um anel planetário circundante. A descoberta sugere que os anéis não são tão raros no Sistema Solar como se pensava anteriormente.
Equipe Internacional de Pesquisadores
Haumea, um dos objetos mais exóticos do Sistema Solar, acaba de ganhar mais uma surpreendente característica: é o primeiro planeta anão a ter anel detectado em seu entorno. A descoberta publicada no dia 12 de outubro na revista Nature, liderada pelo espanhol Jose Luis Ortiz, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, e contou com a participação de uma equipe brasileira de pesquisadores filiados ao LIneA. Além dos anéis recém-descobertos, o estudo ainda refina algumas das peculiares características do objeto, como seu formato alongado. Haumea, apesar de ter dimensões comparáveis às de Plutão, se assemelha a uma bola de rugby, o que pode ser consequência de sua rotação, uma das mais rápidas da região transnetuniana, onde se encontra, levando apenas 3,9 horas para dar uma volta em torno de seu eixo. Além disso, o planeta anão possui dois satélites, Hi’iaka e Namaka, e provavelmente uma enorme mancha vermelha em sua superfície. Como se não bastasse, ele ainda é o maior membro da única família colisional conhecida de objetos da região transnetuniana.
O grupo brasileiro que participou do estudo publicado na Nature é composto pelos pesquisadores:
- Observatório Nacional: G. Benedetti-Rossi, F. Braga-Ribas, R. Vieira-Martins, J. I. B. Camargo, A. Alvarez-Candal & B. E. Morgado
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná: F. Braga-Ribas & F. L. Rommel
- Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia/ON: R. Vieira-Martins & J. I. B. Camargo
- Observatório do Valongo/UFRJ: R. Vieira-Martins, M. Assafin & A. R. Gomes-Junior
e cientistas de instituições internacionais, como o Instituto de Astrofísica de Andalucía (Espanha) e o Observatório de Paris-Meudon (França).
Com informações da LIneA, Nature e ON.
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