125 Anos do Instituto Oswaldo Cruz: destaque para a ciência cidadã

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), uma das instituições mais emblemáticas da ciência brasileira, completou 125 anos em 25 de maio de 2025, uma data que coincidiu com o aniversário da própria Fiocruz e simbolizou o nascimento de uma pioneira no país. Fundado há mais de um século, o IOC foi um pilar fundamental para o avanço da saúde pública, da pesquisa biomédica e da inovação tecnológica no Brasil. Sua trajetória incluiu contribuições decisivas no combate a doenças endêmicas, no desenvolvimento de vacinas e no fortalecimento de políticas de vigilância epidemiológica, impactando diretamente a qualidade de vida de milhões de brasileiros e consolidando o país como referência em ciência e tecnologia na América Latina. Em um contexto de desafios globais como pandemias e mudanças climáticas, o legado do IOC reforçou a importância da ciência pública e colaborativa para o bem-estar social, inspirando gerações de pesquisadores e promovendo a integração entre academia, sociedade e políticas de saúde.

Para estender as comemorações desse marco histórico, o IOC organizou o 3º ato do *Simpósio IOC Jubileu 125 anos*, realizado em 31 de outubro de 2025. O evento, que fez parte de uma série de atividades nos dias 10, 17, 30 e 31 de outubro, adotou o tema “Ciências Cidadãs: oficinas de conceito e prática”, convidando o público a explorar o potencial transformador da participação coletiva na produção científica. Transmitido ao vivo pelo canal do IOC no YouTube, o simpósio ofereceu uma oportunidade acessível para pesquisadores, estudantes e cidadãos engajados debaterem temas como desenvolvimento tecnológico, comunicação científica e vigilância comunitária.

A programação do dia iniciou às 9h, seguido de uma mesa de abertura às 9h30. Às 10h, a Sessão 1 trouxe palestras inspiradoras: Luciana Lopes de Almeida Ribeiro Garzoni, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, abordou “Ciências Cidadãs na Fiocruz: onde estamos?”; Vanessa de Aruda Jorge, coordenadora de Informação e Comunicação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, discutiu “Ciências Cidadãs na Fiocruz: onde estamos?”; e Sarita Albagli, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), explorou “Ciências Cidadãs: oportunidades e desafios em Ciência e Tecnologia (CI&T)”.

Após um intervalo às 12h, a Sessão 2, às 14h, apresentando “Vigilância epidemiológica de base comunitária em áreas vulnerabilizadas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19: uma experiência de ciência cidadã na Baixada Fluminense”; Luciana Lopes de Almeida Ribeiro Garzoni, sobre a mesma temática; e Karina Bueno Vargas, do Laboratório Integrado de Geografia Física Aplicada da UFRRJ, tratando de “Ciências cidadãs em áreas protegidas da Baixada Fluminense”.

O encerramento ficou a cargo de Marcelo de Cicco coordenador do projeto EXOSS Citizen Science, com a palestra “O projeto Ciência Cidadã EXOSS: um projeto brasileiro de estudos de meteoros”.

Nesse contexto, a participação do projeto EXOSS Citizen Science mereceu destaque especial, representando um exemplo vivo de como a ciência cidadã pode democratizar o conhecimento e fomentar a colaboração entre instituições e comunidades. A EXOSS, rede pioneira de monitoramento de meteoros no Brasil, une voluntários de todo o país em uma plataforma colaborativa que utiliza tecnologias acessíveis, como câmeras e softwares de análise, para mapear eventos celestiais e contribuir para estudos astrofísicos.

A satisfação da EXOSS em integrar as comemorações dos 125 anos do IOC foi imensa, conforme destacou Marcelo de Cicco:

Foi uma honra fazer parte de um evento que celebrou uma instituição tão icônica, reforçando os laços entre a ciência amadora e a pesquisa profissional. Essa oportunidade permitiu não apenas apresentar os avanços do projeto — como a detecção de milhares de meteoros e sua relevância para a educação científica —, mas também inspirar novas parcerias, ampliando o impacto da ciência cidadã no cenário nacional.

Para a equipe do EXOSS, essa integração com o IOC simbolizou o reconhecimento de que a verdadeira inovação surge da união de esforços diversos, promovendo uma ciência mais inclusiva e conectada à sociedade.

O simpósio, com transmissão gratuita e aberta, reforçou o compromisso do IOC com a acessibilidade e o diálogo. O evento celebrou os 125 anos de uma instituição que continua a iluminar o caminho da ciência brasileira!

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