Projeto ExossCam: nova geração de câmeras

PROJETO AVANÇA A SERVIÇO DA CIÊNCIA CIDADÃ, ADAPTADO À REALIDADE BRASILEIRA

Em meados de 2014 o associado Eduardo P. Santiago começou um projeto pessoal de aprendizado no funcionamento de uma câmera de vídeo meteoros e viabilizar a adoção no país de um modelo barato, de larga escala, analógico e de alta definição, para suprir a demanda dos estudos, tendo uma árdua tarefa frente as adversidades logísticas e econômicas enfrentadas até hoje. A busca por informações da perfomance de uma câmera, quais fatores influenciariam os registros e comparar o que faz uma câmera ser melhor que a outra, para isso testar diversos tipos de hardware foi um processo feito lentamente e dispendeu muitos recursos financeiros.

O projeto cresceu com o esforço de vários associados e fomentou a busca por diversos modelos de câmeras a serem testados para substituir os modelos de gerações anteriores, pois estes aderiram ao projeto de testes e com isso foi possível encurtar o tempo de know how, já que cada associado por sua própria conta adquiriu equipamentos listados no projeto para testes ora discutido, com o conhecimento sendo disseminado dentro do grupo.

Foram diversos testes até os primeiros protótipos, permitindo a Exoss possuir 8 modelos distintos de equipamentos sendo alguns fixos e já consolidados, outros já encerrados e alguns em fase testes.

ESTAÇÃO CÂMERA FASE
EPS1 EXOSSCAMSD CCD PROTÓTIPO 01 – FASE1
EPS2 EXOSSCAMSD CMOS PROTÓTIPO 01 – FASE 3
EPS3 EXOSSCAMHD CMOS PROTÓTIPO 02 – FASE 2
ITU2 EXOSSCAMSD CMOS PROTÓTIPO 01 – FASE 3
CFB2 EXOSSCAMSD CMOS PROTÓTIPO 01 – FASE 1
VIX2 EXOSSCAMSD CCD FINALIZADO, NOVO MODELO PARA A REDE
OUTRAS ESTAÇÕES PY-SH361 CCD FORA DE LINHA
OUTRAS ESTAÇÕES VE6047EF CCD ENCERRADO
OUTRAS ESTAÇÕES SCB2000 CCD ENCERRADO
OUTRAS ESTAÇÕES ASI120MM/MC ENCERRADO
OUTRAS ESTAÇÕES ATIK ENCERRADO
ITU2 QHY5LII ENCERRADO

Diversos tipos de tecnologia foram testados: sensores cmos e ccd, sensores de 0,01 lux a 0,0001 lux de sensibilidade, tamanhos de sensores variados tais como 1/3”, 1/2″ e diversos tipos de lentes bem como interfaces para operações das câmeras.

O objetivo não era encontrar a câmera com a melhor imagem, pois já existem opções consolidadas como na rede Japonesa SonotaCo e a Polonesa PKIM, operantes com seus modelos de alta definição. Dar continuidade ao processo de consolidação do conhecimento de uma rede nacional com informações e qualificações adquiridas internamente, consideramos o aprendizado importante independentemente de tal tecnologia já estar em uso ou desuso. O resultado que temos é a aquisição de uma câmera e lente com um custo de U$45.00 dólares, com desempenho muito similar aos já amplamente difundidos como a Watec 902H2 Ultimate que custa em torno de U$300.00 dólares.

Esta configuração de câmera com alta sensibilidade permite não só registrarmos os meteoros, mas também as estrelas mais tênues vistas pelo olho humano e até mesmo a Via Láctea quando sob condições propícias como céu limpo e “sem lua”, sem uso de integração de imagem, recurso este que prejudica as análises por gerar “atraso” na imagem enquanto o processador de sinal acumula fótons sobre o sensor para encaminhar ao sistema de captura. O modelo em testes pela Exoss elimina este problema revelando capturas de meteoros tênues e curtos importantes ao escopo do projeto.

12Exosscam SD modelo em fase final de testes, em destaque constelação de escorpião e registros de meteoros tênues e brilhantes bem como Via Láctea.
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Registro de Sprites com câmera em testes, maior resolução de imagens e sensibilidade revelam detalhes surpreendentes que auxiliam os estudos.

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Câmera VE604EF sensor 1/3”amplamente difundida em comparação com modelo Exosscam sensor 1/2” em testes.

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Estação ITU2 com Exosscam em testes dos frames registrados.

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Câmera de uso planetário ASI120 também foi testada pela Exoss na estação CFB2

7Câmera ATIK em testes na estação CFB2 8

Atual modelo de câmera adotada pela Exoss em substituição a PYSH361 e VE6047EF. 

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Protótipos de câmeras Exoss, maior espaço interno para ventilação dos componentes. 

No próximo artigo veremos sobre a tecnologia de registros de meteoros em alta definição EXOSSCAM HD, com a primeira câmera de alta definição para registro e estudos de meteoros no Brasil, iniciado testes no segundo semestre de 2015 e em atividade desde 01/01/2016.

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ExossCam HD em operação – Em 2016 estaremos vigiando o céu todos os dias em tempo real 🙂

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